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Líder checheno diz que Rússia deixará o mundo 'de quatro' em caso de guerra

'Se nosso país for totalmente destruído, nosso mísseis nucleares serão lançados automaticamente', disse Ramzan Kadyrov à 'HBO'

Atualização:

O presidente da República da Chechênia, que faz parte da Federação da Rússia, Ramzan Kadyrov, prometeu "deixar o mundo de quatro" se alguém se atrever a lançar um ataque com armas nucleares contra a Rússia, em uma entrevista concedida à emissora HBO, dos Estados Unidos, que foi repercutida neste sábado pela imprensa russa.

"Temos um Estado forte, uma potência nuclear. Inclusive, se nosso país for totalmente destruído, nossos mísseis nucleares serão lançados automaticamente. E deixaremos todo o mundo de quatro", disse o dirigente e ex-guerrilheiro da república situada na região russa do Cáucaso Norte.

Líder checheno Ramzan Kadyrov fez ameaça a países que tentem atacar a Rússia Foto: Sputnik/Aleksey Druzhinin/Kremlin via Reuters

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Depois que suas declarações polêmicas repercutiram hoje na Rússia, Kadyrov detalhou em seu perfil no aplicativo Telegram que "não são apenas palavras". "Assim o faremos e estamos dispostos a dar a vida pelo nosso país", assegurou o líder checheno.

Kadyrov também afirmou que "os Estados Unidos não são um país tão forte" para que seja considerado "um inimigo".

O líder da república russa, no entanto, acusou os EUA de fazerem "uma política contra a Rússia, contra os dirigentes" russos, e ameaçou usar seu exército contra os inimigos da Rússia.

"Tenho um bom exército, que pode atacar e se defender. Veremos o que acontece", afirmou o líder checheno.

Em uma reunião com o Estado Maior do Ministério do Interior da Chechênia na quinta-feira passada, Kadyrov denunciou que o Ocidente quer destruir a identidade do povo checheno e, para isso, começou uma "guerra informativa e ideológica" contra a república.

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Estes foram seus comentários sobre as informações que acusam a Chechênia de perseguição, encarceramento ilegal, tortura e assassinato de homossexuais, que foram denunciados pela primeira vez em abril em uma reportagem publicada pelo jornal opositor russo Novaya Gazeta

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