27 de novembro de 2012 | 15h50
Marton Gyongyosi, líder do terceiro maior partido político da Hungria, o Jobbik, disse que a lista é necessária por causa das tensões depois do breve conflito em Gaza e deve incluir integrantes do Parlamento.
Os rivais têm condenado os frequentes insultos antissemitas e a retórica dura do partido de Gyongyosi contra a minoria cigana, classificando-os como ações populistas com vistas às eleições de 2014.
O Jobbik nunca havia pedido publicamente por uma lista com judeus.
"Sou um sobrevivente do Holocausto", disse Gusztav Zoltai, diretor-executivo da Associação Húngara das Congregações Judaicas. "Para pessoas como eu, isso gera muito medo, mesmo que esteja claro que tem apenas fins políticos. Isso é a vergonha da Europa, a vergonha do mundo."
Entre 500 mil e 600 mil judeus húngaros morreram no Holocausto, de acordo com o Centro de Memória do Holocausto de Budapeste. Segundo alguns registros, um em cada três judeus mortos em Auschwitz era de nacionalidade húngara.
A proposta de Gyongyosi foi feita depois de o secretário de Estado do Ministério das Relações Exteriores Zsolt Nemeth dizer que Budapeste defendia uma solução pacífica para o conflito israelo-palestino, beneficiando tanto os israelenses com ascendência húngara como os húngaros judeus e palestinos vivendo na Hungria.
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