
08 de novembro de 2009 | 16h46
Bashir, contra quem o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu uma ordem de prisão por crimes contra a humanidade na região de Darfur, no Sudão, havia anunciado a intenção de participar da reunião da Organização da Conferência Islâmica (OIC, na sigla em inglês) na segunda-feira.
"Fomos informados de que ele não virá," disse um funcionário do governo turco à Reuters sob condição de anonimato, sem dar mais explicações.
A Turquia, país predominantemente muçulmano que busca ingressar na UE, sofreu pressão de Bruxelas e de grupos internacionais de direitos humanos para excluir Bashir da lista de convidados. O país tem fortes laços com o Sudão, não ratificou o estatuto que estabelece o TPI e disse que não o prenderia.
A organização Human Rights Watch havia dito que a imagem da Turquia, que é membro da Organização do Tratado do Atlântico norte (Otan), iria "desmoronar" se Ancara não impedisse a entrada de Bashir.
Bashir tem viajado a países africanos desde a emissão da ordem de prisão do TPI, em março.
O polêmico presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, e o recém-reeleito presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, já estão na Turquia para a cúpula.
(Reportagem de Zerin Elci)
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