A Macedônia iniciou neste domingo, às 7 horas locais (3 horas de Brasília), sua eleição presidencial, considerada mais importante para mostrar que consegue manter um sistema democrático que a permita entrar na União Europeia (UE) do que pelo resultado da votação.
A UE exige da Macedônia que a votação ocorra em um ambiente pacífico e democrático, como condição vital para que possa determinar uma data de início das negociações de sua adesão à comunidade.
A Macedônia é candidata a ingressar na UE desde 2005, mas em junho do ano passado, as eleições parlamentares tiveram conflitos armados nas regiões povoadas pela minoria albanesa, terminando com um morto e oito feridos.
Mais de 300 observadores estrangeiros e 3 mil macedônios supervisionam a votação, que vai até as 19h locais (15h de Brasília).
Os 1,8 milhões de eleitores macedônios devem escolher entre sete candidatos à Presidência, com mandato de cinco anos. O favorito, segundo as pesquisas, é Gjorge Ivanov, professor da Faculdade de Direito de Skopje, que concorre pela conservadora Organização Revolucionária Macedônia do Interior (VMRO-DPMNE).
Seu principal adversário é o social-democrata Ljubomir Frckovski, professor da mesma faculdade e ex-ministro do Interior e de Relações Exteriores.
No entanto, o ministro da Saúde, Imer Selmani, da minoria albanesa e líder do pequeno partido Nova Democracia, viu sua popularidade crescer nas últimas semanas e algumas pesquisas apontam que ele pode ultrapassar Frckovski e disputar contra Ivanov o segundo turno, marcado para 5 de abril.
Os candidatos concentraram suas campanhas em convencer o eleitorado de sua capacidade de encontrar uma solução para a longa disputa com a Grécia sobre o nome do país e abrir assim as portas para a entrada na UE e na Otan.
O problema tem origem no fato de que a Grécia considera o nome Macedônia exclusivo de tradição helênica e, por conta disso, bloqueou o ingresso do país na Otan, em abril do ano passado, e pode impedir também as negociações de adesão à UE.
Quem for eleito também precisará combater os efeitos da crise financeira mundial neste país, um dos mais pobres da Europa, onde o desemprego supera 33% da população.