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Macron e líderes europeus participam de celebração da Queda da Bastilha

Tradicional parada militar homenageou neste ano a cooperação militar européia

Por Bate Felix e Caroline Pailliez
Atualização:
Os presidentes da França e da Alemanha, Emmanuel Macron eAngela Merkel, na comemoração da Queda da Bastilha Foto: Alain Jocard/AFP

Líderes europeus, incluindo a chanceler alemã Angela Merkel, se uniram ao presidente francês Emmanuel Macron neste domingo, 14, para a tradicional parada militar do Dia da Queda da Bastilha em Paris, que completa 230 anos neste ano e homenageou a cooperação militar européia. Depois de percorrer a icônica avenida Champs Elysees em um veículo militar escoltado por motocicletas e uma procissão de cavalaria, Macron se juntou a líderes que incluíram o primeiro-ministro holandês Mark Rutte e o presidente português Marcelo Rebelo de Sousa para o desfile, que começou com uma demonstração de inovações tecnológicas.

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As atrações incluíam equipamento militar de alta tecnologia, como drones, veículos autônomos em miniatura, soldados armados com armas anti-drone e o que parecia ser um "soldado voador" - um homem que voava no ar em um flyboard, atraindo aplausos dos líderes e espectadores. O Dia da Bastilha comemora a tomada da prisão da Bastilha em 1789, um dos principais eventos da Revolução Francesa. O dia tornou-se um feriado nacional na França.

Cerca de 4.300 soldados, 200 veículos e mais de 100 aeronaves, algumas de outros países europeus, participam do desfile aberto por tropas espanholas. Em uma mensagem do Dia da Bastilha para o povo francês publicada antes do desfile, Macron disse que queria destacar o compromisso irrevogável da França para consolidar a segurança francesa e européia.

Franky Zapata voa em Flyboard próximo à Torre Eiffel durante a parada militar, em comemoração à Queda da Bastilha, na avenida Champs-Elysees, em Paris Foto: Charles Platiau/ REUTERS-14/7/2019
Militares franceses com armas anti-drone durante a parada militar em comemoração à Queda da Bastilha, em Paris Foto: Charles Platiau/ REUTERS

"Nunca desde o final da Segunda Guerra Mundial a Europa foi tão necessária. A construção de uma Europa, em conexão com a Aliança Atlântica... é uma prioridade para França. É o tema deste desfile ", disse Macron. "Trabalhar em conjunto e reforçar a nossa capacidade de agir coletivamente é um dos desafios que a Iniciativa Europeia de Intervenção, juntamente com outros projetos europeus, quer abordar", acrescentou.

A Iniciativa Europeia de Intervenção é uma coalizão de forças armadas européias de dez países pronta para reagir a crises. A iniciativa liderada pela França, que inclui Alemanha, Bélgica, Grã-Bretanha, Dinamarca, Estônia, Holanda, Espanha e Portugal, foi lançada no ano passado. 

Protestos. As tensões nas ruas continuam altas em Paris, após meses de manifestações anti-Macron, pedindo mais ajuda para os trabalhadores franceses. Neste domingo, imagens da televisão mostraram policiais abordando um dos líderes do movimento Jaquetas Amarelas, Eric Drouet, enquanto ele ficava parado à margem do desfile. 

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