
03 de julho de 2009 | 11h49
A Cosa Nostra, a máfia siciliana, ameaçou matar familiares de Silvio Berlusconi no final da década de 80 e começo dos anos 90 se o atual primeiro-ministro italiano não colocasse a sua disposição um dos canais de seu grupo televisivo, o Mediaset, informa a edição desta sexta-feira, 3, do jornal La Repubblica.
A ameaça foi feita, aparentemente, por quem foi o grande chefão da Cosa Nostra e que atualmente cumpre pena de prisão perpétua, Salvatore "Totó" Riina. Ela foi feita em carta e que foi encontrada agora na garagem de Massimo Ciancimino, em Palermo, condenado por lavagem de dinheiro.
Massimo Ciancimino é filho do democrata-cristão Vito Ciancimino, morto em 2002, que foi prefeito de Palermo e condenado por pertencer à associação mafiosa e conivência com a Cosa Nostra siciliana.
A carta, segundo as fontes, não está completa, já que falta a parte na qual se escreve tanto o remetente como o destinatário, mas na mesma, "é pedido a Berlusconi que ponha a sua disposição (da Cosa Nostra) uma de suas emissoras de televisão". O La Repubblica acrescenta que se desconhece se a carta chegou a Berlusconi, mas ressalta que, antes de entrar para a política, o atual primeiro-ministro recebeu ameaças de morte.
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