Maioria dos gregos quer permanecer na zona do euro, diz pesquisa

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A maioria dos gregos quer que seu país permaneça na zona do euro mesmo estando cada vez mais revoltados com a perda de empregos, cortes nos salários e outros sacrifícios exigidos pelos credores internacionais, segundo uma pesquisa divulgada nesta terça-feria. Os ministros das Finanças da zona do euro vão reunir-se em Bruxelas nesta terça-feira para decidir se a Grécia merece receber empréstimos emergenciais no valor de 44 bilhões de euros. A expectativa é que eles aprovem a próxima parcela da ajuda que a Grécia precisa para evitar a insolvência. A pesquisa grega, realizada na semana passada, depois que o Parlamento aprovou uma nova rodada de medidas de austeridade, mostra que perto de 63 por cento querem que a Grécia permaneça no bloco da moeda única a qualquer custo, um porcentual significativamente mais baixo do que o constatado antes da eleição de 17 de junho, de 81,6 por cento. "As duras medidas de austeridade estão pesando para os gregos", disse à Reuters Takis Theodorikakos, do instituto de pesquisas GPO. "É muito alto o preço que estão pagando para permanecer no euro." Mais de 40 por cento das pessoas entrevistadas afirmaram estar com raiva e desapontadas com os políticos, o sistema judicial e os sindicatos dos trabalhadores. O primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, está ansioso por convencer a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional de que seu governo está determinado a implementar as medidas de austeridade e reformas exigidas pelos credores. A diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, abreviou sua visita à Ásia para tomar parte na reunião. Cerca de 63 por cento dos 1.200 gregos ouvidos em 15 e 16 de novembro disseram ver negativamente o modo como o governo está lidando com a crise. Se houvesse eleiçõe sagora, o partido esquerdista radical Syriza, contrário às duras medidas de austeridade, venceria, obtendo 22,3 por cento dos votos, de acordo com pesquisa da Mega TV. A sondagem revelou que o partido conservador Nova Democracia, que governa o país, receberia 20,1 por cento dos votos. (Reportagem de Renee Maltezou)

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