Merkel e Hollande se dizem prontos para sanções mais duras contra a Rússia

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A Alemanha e a França estão prontas para firmar sanções mais amplas contra a Rússia, se as eleições presidenciais ucranianas planejadas para 25 de maio forem prejudicadas, afirmaram neste sábado a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, François Hollande. Em comunicado conjunto, eles concordaram em adotar sanções mais duras contra a Rússia, que afetariam áreas como energia, defesa, serviços financeiros e engenharia, do que aquelas discutidas pelos líderes da União Europeia (UE) em março, em Bruxelas. "Estaríamos prontos para adotar outras sanções contra a Rússia se as eleições de 25 de maio na Ucrânia fracassarem", disse Merkel em entrevista à imprensa, juntamente com Hollande, em Stralsund. Ela ressaltou, contudo, que a possível punição não seria "um fim em si mesma". A Alemanha, que depende da Rússia para 40 por cento do seu suprimento de gás natural, tem sido vista como hesitante nas discussões para intensificar as sanções, proposta que tem a oposição de muitos alemães. Segundo a revista Stern, o crescimento do país cairia em 0,9 ponto percentual neste ano no caso de sanções mais duras. As eleições de 25 de maio são para escolher o sucessor do presidente Viktor Yanukovich, o mandatário pró-Rússia derrubado por protestos nas ruas de Kiev. Depois da queda, Moscou anexou a região ucraniana da Crimeia, onde a maior parte da população é russa. A resposta do Ocidente foi decretar sanções limitadas contra políticos e empresários russos vistos como envolvidos na crise ucraniana. Desde então, separatistas pró-Rússia têm desestabilizado o leste da Ucrânia, declarando repúblicas autônomas, o que o Ocidente vê como uma tentativa de Moscou de consolidar o domínio na região e prejudicar as eleições nacionais. Merkel e Hollande fizeram um chamado para que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, intervenha para garantir que as eleições ocorram em toda a Ucrânia. Merkel disse que havia sido encorajadora a iniciativa de Putin em pedir para os militantes suspenderem um referendo sobre autonomia marcado para este domingo. "Mas o presidente russo tem que mandar mais sinais como esse", declarou a chanceler.

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