21 de janeiro de 2013 | 11h51
Seu partido, a União Democrata Cristã (CDU), comandada no Estado pelo ascendente político David McAllister, havia se convencido na última semana sobre a iminência de uma histórica virada na campanha eleitoral da Baixa Saxônia, importante região agrícola e industrial no noroeste alemão, e que é considerada um termômetro da política nacional.
Mas, abertas as urnas, o SPD (sociais-democratas) e os verdes elegeram um deputado estadual a mais que os conservadores, que já governam o Estado.
O resultado foi uma amarga derrota para a chanceler, de 58 anos, que continua sendo franca favorita a um terceiro mandato nas eleições federais que ocorreram daqui a oito meses.
"É um revés. Não vou fingir que não é, e dói ainda mais por ter sido tão acirrado", disse Hermann Groehe, secretário-geral da CDU e grande aliado de Merkel, a uma rádio.
O resultado também dá à centro-esquerda a maioria no Bundesrat (Senado), o que significa que a oposição a Merkel poderá bloquear projetos do governo. Isso não mudará nem depois da eleição nacional de setembro, mesmo que a coalizão centro-direitista da CDU com os Democratas Livres preserve a maioria na Câmara Baixa.
A margem de manobra para Merkel na campanha federal tende a ser limitada, e a líder alemã, notoriamente avessa a riscos, poderá adotar uma posição ainda mais cautelosa em questões como a crise na zona do euro.
"Suponho que não será possível impor nada ao Bundesrat que o SPD não queira"', disse Vokler Kauder, líder da CDU no Parlamento.
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