PUBLICIDADE

Oposição russa realiza novo protesto contra Putin

Por ALISSA DE CARBONNEL E NASTASSIA ASTRASHEUSKAYA
Atualização:

- Manifestantes gritando "Rússia sem Putin" deram início a uma passeata neste sábado em Moscou, em um protesto visto como teste para a habilidade da oposição de sustentar um movimento de desafio ao presidente Vladimir Putin. Milhares de pessoas começaram a caminhar sob um céu nebuloso, indo da praça Pushkin, no centro, por um caminho que os levaria até perto do Kremlin, no que pretende ser o primeiro grande protesto da oposição nos últimos três meses. Algumas pessoas portavam cartazes com a inscrição "Putin é um parasita". Outras usavam camisetas nas quais se lia o pedido de libertação de três integrantes da banda punk Pussy Riot, presas depois de fazer uma "oração punk" numa igreja em protesto contra o apoio de líderes religiosos a Putin. A manifestação indicará se o movimento de protesto iniciado nove meses atrás, que em alguns momentos atraiu dezenas de milhares de pessoas às ruas, ainda tem fôlego quatro meses depois de Putin ter tomado posse de mais um mandato presidencial de seis anos. Embora o Kremlin tenha anunciado pequenas reformas, logo depois do início dos protestos, em dezembro, a vitória de Putin na eleição presidencial de março tirou o vigor das manifestações. Além disso, a oposição continuou desunida, sem um claro líder. "Nós estamos protestando contra a total falta de lei, corrupção total, falta de liberdade civil, ausência de tribunais independentes e injustiça social", disse Sergei Yevseyev, de 35 anos, que trabalha para uma companhia internacional de navegação. As pessoas se dirigiam lentamente à praça Pushkin, ponto inicial do protesto. Testemunhas disseram que os líderes da oposição parecem ter alcançado seu objetivo de atrair pelo menos 50 mil pessoas, o suficiente para manter a dinâmica de seu movimento, mas quase certamente muito pouco para criar preocupação no Kremlin. A polícia estava concentrada na área, embora os organizadores da manifestação recebido permissão para realizar o protesto.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.