
17 de janeiro de 2012 | 17h40
Yuan Zi (cujo nome significa "gordinho") engoliu em dois tempos o seu prato favorito, brotos de bambu, na jaula onde viverá a partir de agora, no ZooParc de Beauval, perto do rio Loire, considerado um dos 15 zoológicos mais bonitos do mundo.
Já Huan Huan ("feliz") passeou pelo novo ambiente, aparentemente demarcando o território, antes de se juntar ao parceiro entre bambus, na primeira demonstração de afeto em solo francês.
Os tratadores Rodolphe e Delphine Delord cruzam os dedos para que os pandas -que foram criados juntos e têm apenas três anos- sejam flechados pelo cupido, mesmo que ainda demore para que eles tenham pandinhas.
"Eles ainda não estão sexualmente maduros", disse Rodolphe à Reuters. "Embora sejam geneticamente compatíveis, ainda teremos de esperar três anos antes da primeira cria. Aí provavelmente serão gêmeos, como em 50 por cento dos casos com pandas."
Yuan Zi e Huan Huan passarão dez anos emprestados ao zoo francês, num tradicional gesto diplomático da China para se aproximar de outros países.
A China espera que a "diplomacia do panda", instituída na década de 1950, contribua para a melhoria das relações com Paris, abaladas em 2008 quando ativistas pró-Tibete atrapalharam em Paris o percursos da tocha olímpica que seguia para Pequim.
A China se sentiu ultrajada com o fato, e desde então o governo francês se empenha numa reaproximação.
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