CIDADE DO VATICANO - O papa Bento XVI defendeu nesta quarta-feira, 09, que os povos do Oriente Médio construam "juntos um futuro de paz, de amizade e de colaboração fraterna".
Diante dos milhares de fiéis, o Pontífice fez a manifestação na Praça de São Pedro do Vaticano na audiência pública das quartas-feiras, na qual comentou sua recente viagem ao Chipre, onde se reuniu com a exígua comunidade católica, no país de maioria ortodoxa e pediu a paz no Oriente Médio.
"Que o povo cipriota e as outras nações do Oriente Médio, com seus governantes e representantes das diferentes religiões, construam um futuro de paz, de amizade e de fraternal colaboração", afirmou o Pontífice.
O papa reiterou a necessidade de a comunidade internacional manter o compromisso de ajudar o Oriente Médio "a superar o sofrimento e o conflito que ainda aflige e reencontrar finalmente a paz na justiça".
Sobre a viagem, Bento XVI definiu como um "evento histórico", já que foi a primeira vez que um Bispo de Roma visitou o Chipre, a partir de onde os apóstolos Paulo e Bernabé começaram a evangelizar.
A viagem à ilha foi para confirmar a fé das pequenas igrejas católicas do rito oriental, que vivem entre muçulmanos, judeus e ortodoxos.
Bento XVI reiterou a necessidade da unidade dos cristãos e lembrou que nos encontros com o chefe da Igreja Ortodoxa Cipriota, Crisostomos II, defendeu essa unidade, ao considerar que a divisão é um escândalo e tira credibilidade na hora de divulgar o Evangelho.
O papa Ratzinger e Crisostomos II sublinharam o "irreversível e recíproco" compromisso ecumênico e o Pontífice insistiu na necessidade de potenciar as relações entres as igrejas católicas e as ortodoxas.
Bento XVI pediu aos milhares de fiéis presentes que rezem pelos sacerdotes neste ano sacerdotal, que encerrará oficialmente na próxima sexta-feira no Vaticano com uma missa solene na qual devem assistir mais de 10 mil padres de todo o mundo.