Papa se encontra com Cameron e outros líderes políticos britânicos

Bento XVI está no Reino Unido em visita pastoral e de Estado que termina neste domingo, 19

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Atualização:

Encontro rápido. O líder britânico se reuniu com o sumo pontífice por cerca de 20 minutos

 

 

 

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LONDRES - O papa Bento XVI se reuniu neste sábado, 18, durante 20 minutos com o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, seu segundo no Governo de coalizão, Nick Clegg, e o líder da oposição trabalhista, Harriet Harman.

 

Foi a primeira vez que o líder "tory" (conservador), Cameron, se reunia com o sumo pontífice desde a chegada deste ao Reino Unido para sua visita pastoral e de Estado de quatro dias, que termina neste domingo, 19, na cidade inglesa de Birmingham.

 

Por ter de assistir ao funeral de seu pai, falecido recentemente,Cameron não pôde estar presente na sexta-feira no Parlamento, onde o papa pronunciou seu discurso mais político, no qual denunciou a marginalização da qual, segundo ele, é objeto a religião, e particularmente o cristianismo, inclusive nos países mais tolerantes.

 

O líder liberal-democrata Nick Clegg, que tinha recebido o papa em sua chegada a Edimburgo na quinta-feira em representação do Governo, foi neste sábado para ver-lhe com sua esposa, a espanhola Miriam González, e seus filhos.

 

O líder interino do Partido Trabalhista, Harriet Harman, disse, depois de se reunir com o papa que tinham falado "das lutas a favor da justiça social nas quais estiveram juntos católicos e trabalhistas".

 

O ex-primeiro-ministro do Reino Unido Tony Blair, convertido ao catolicismo, e sua esposa, Cherie, também católica, chegaram à catedral de Westminter antes de começar a missa desta manhã.

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Esta tarde, no Hyde Park de Londres, Bento XVI realizará uma vigília de oração prévia à beatificação amanhã em Birmingham do cardeal John Henry Newman (1801-1890), outro convertido proedente do anglicanismo.

 

 

Papa sofre "vergonha e humilhação" pelos casos dos padres pedófilos

 

O papa Bento XVI expressou neste domingo sua "profunda dor" às vítimas de abusos sexuais por parte de sacerdotes e reconheceu a "vergonha e a humilhação" que sofre por esses pecados, que qualificou de "crimes atrozes".

 

"Penso no imenso sofrimento causado pelo abuso de menores, especialmente pelos ministros da Igreja. Quero manifestar meu profundo pesar às vítimas inocentes destes crimes atrozes, junto com minha esperança de que o poder da graça de Cristo e seu sacrifício de reconciliação trarão a cura profunda e a paz para suas vidas", afirmou o pontífice.

 

Bento XVI fez estas declarações perante milhares de pessoas que participam na catedrl de Westminster da missa que oficia em seu terceiro dia de visita ao Reino Unido.

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