
23 de dezembro de 2013 | 17h21
A Câmara Baixa aprovou o pacote na sexta-feira.
O orçamento prevê que o déficit público italiano permanecerá dentro do limite de endividamento estabelecido pela União Europeia. No entanto, vem sendo amplamente criticado por não ir longe o bastante no corte de impostos e gastos ou no estímulo ao crescimento da economia, depois de dois anos de recessão no país.
Letta disse na semana passada que o orçamento era o máximo que o governo podia fazer para garantir a credibilidade das finanças públicas da Itália.
Depois da última emenda na Câmara Baixa, o orçamento final passou a prever novos compromissos de gastos de 14,5 bilhões de euros custeados por recursos adicionais de 12,2 bilhões de euros, resultantes de receitas mais elevadas com impostos e cortes de despesas, deixando uma lacuna de cerca de 2,5 bilhões de euros.
Em declarações poucas horas antes de o orçamento receber a aprovação final do Parlamento, Letta reiterou seu compromisso com o corte de impostos pagos pelos trabalhadores e empregadores, que será possível em razão de uma ampla revisão nas despesas e da repressão à evasão fiscal.
"Essas intervenções vão reduzir a tributação sobre o trabalho", disse ele em entrevista à imprensa por ocasião do encerramento do ano, acrescentando que o governo planeja novas medidas contra a evasão fiscal em um pacote de reformas a ser apresentado em janeiro.
Ele afirmou que a credibilidade extra que seu governo conquistou desde que chegou ao poder já permitiu à Itália reduzir os custos do endividamento. Os juros sobre sua expressiva dívida de 2 trilhões de euros devem alcançar 83 bilhões de euros em 2013 - uma queda em relação aos 89 bilhões de euros estimados no ano passado, disse ele.
Em separado, o governo obteve um voto de confiança na Câmara Baixa para um pacote de medidas fiscais.
(Reportagem de James Mackenzie)
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