O partido "Nossa Ucrânia" liderado pelo presidente ucraniano, Viktor Yushchenko, reconheceu nesta segunda-feira, 18, que as eleições presidenciais de domingo foram "limpas" e "democráticas". "As eleições são válidas. As pequenas irregularidades detectadas não influíram nos resultados da votação", afirmou Roman Bessmertny, subchefe de campanha eleitoral de Yushchenko.
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Os observadores da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) consideraram que as eleições presidenciais de domingo na Ucrânia ocorreram conforme a maioria das normas internacionais.
"Foram eleições boas e competitivas, muito promissoras para o futuro da democracia ucraniana", declarou o presidente da Assembleia Parlamentar da OSCE e coordenador das missões de observadores, João Soares, em entrevista coletiva em Kiev.
Yushchenko, levado ao poder pela Revolução Laranja de 2004, foi o grande derrotado das eleições de domingo com pouco mais de 5% dos votos.
Segundo os resultados oficiais ainda não-definitivos, o líder opositor, Viktor Yanukovich, e a primeira-ministra, Yulia Timoshenko, disputarão dentro de três semanas o segundo turno das eleições para a Presidência da Ucrânia.
Após a apuração de 90,03% dos votos, Yanukovich, com 35,39%, tem vantagem de pouco mais de dez pontos sobre a rival Timoshenko, a mulher que inspirou a Revolução Laranja cinco anos atrás.
Como nenhum dos 18 candidatos que concorreram ao pleito conseguiu superar 50% dos votos, a lei eleitoral ucraniana estabelece que o segundo turno seja realizado no próximo dia 7 de fevereiro. O magnata bancário Serguei Tigipko foi o terceiro candidato mais votado, com mais de 13% dos votos.