25 de novembro de 2012 | 18h54
Simpatizantes do Pirata, que surpreendentemente obteve cadeiras em quatro Estados no último ano, encolheram em um quarto desde o auge. Seu fim poderia ajudar a centro-esquerda a recuperar votos suficientes para derrubar a chanceler conservadora, Angela Merkel.
O partido subiu para 13 por cento de apoio em abril, mas agora está abaixo de 5 por cento, o limiar necessário para entrar no Parlamento, depois que fracassou em definir metas políticas e depois que sua diretoria brigou em público.
Perto de 2.000 delegados do Pirata se reuniram na cidade industrial de Bochum, no oeste do país, durante o final de semana para tentar deixar as diferenças de lado e estabelecer o programa do partido, mas concordaram com apenas algumas das cerca de 700 propostas.
"Ainda somos um partido jovem, tudo está no ar", disse o membro Rolf Schuemer, um professor e artista de cabaré de 58 anos, usando a cor laranja, marca registrada dos Piratas. Na verdade, Schuemer disse que ainda não se sabia se eles poderiam chegar a um acordo sobre políticas além das metas originais de democracia mais direta, direitos civis e liberdade de Internet.
Inicialmente, os Piratas atraíram eleitores de todo o espectro político, que ficaram frustrados com políticas tradicionais e sua incapacidade de influenciá-la, embora a maioria fosse da esquerda, além de muitos que nunca haviam votado.
Mas muitos atraídos para a legenda já se afastaram dela. Depois do sucesso inicial do Pirata, a sobrevivência do grupo como força política parece ameaçada.
"Ainda não está claro se vão conseguir formar os 5 por cento nas eleições do Bundestag", disse Klaus-Peter Schoeppner do instituto de pesquisas Emnid.
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