Pesquisa aponta avanço de coalizão do governo em Portugal sobre oposição socialista

teste

PUBLICIDADE

Por ANDREI KHALI
Atualização:

A coalizão de centro-direita no governo de Portugal alcançou os Socialistas, seus principais opositores, pela primeira vez desde 2012, em uma pesquisa de opinião divulgada nesta terça-feira. A pesquisa realizada pelo instituto Intercampus foi publicada dois dias depois de os socialistas vencerem as eleições europeias de domingo por uma margem surpreendentemente estreita, de apenas 3,8 pontos percentuais. Muitos analistas esperavam uma maior vantagem, considerando as duras políticas de austeridade do governo aplicadas ao longo dos últimos três anos sob um plano de resgate internacional. Portugal deixou com sucesso o plano de resgate no início deste mês, com a recuperação da economia. A notícia decepcionante para o partido de oposição levou Antonio Costa, o prefeito socialista de Lisboa, a dizer que os resultados não correspondem às ambições do partido de conseguir uma forte maioria parlamentar na próxima eleição geral, em 2015, e que ele está pronto para assumir a liderança dos socialistas. "Eu sinto que é meu dever, que é a vontade da maioria dos socialistas e muitos cidadãos, que eu dê essa contribuição ... liderando esta mudança para Portugal ter um governo sólido", disse o popular prefeito aos repórteres. Ele deverá se encontrar com o atual líder do partido, António José Seguro, na quarta-feira. A pesquisa divulgada nesta terça-feira ouviu 4.000 pessoas na semana passada, antes das eleições europeias, nas quais os socialistas de centro-esquerda conseguiram 31,5 por cento dos votos. O resultado da sondagem mostrou o partido com 29,1 por cento das intenções de voto para a eleição geral. Os social-democratas do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho vêm logo atrás, com 28,7 por cento. Quando somado o seu porcentual com os 2,4 por cento do menor parceiro da coligação CDS-PP, o governo ultrapassa os socialistas. A margem de erro da pesquisa era de 1,5 ponto percentual. A eleição parlamentar deve ocorrer em outubro de 2015. Embora os socialistas recorram à retórica contra as políticas de austeridade, os analistas dizem que se o vencer terá poucas opções, a não ser continuar o curso geral de disciplina orçamentária e déficits mais baixos.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.