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Pesquisas mostram vantagem na centro-direita na Alemanha

Nova coalisão de Angela Merkel conta com pequena maioria dos entrevistados; eleições serão no domingo

Atualização:

Pesquisa de opinião publicada nesta quarta-feira mostra que a coalizão de centro-direita que a chanceler Angela Merkel quer formar para o próximo governo conta apenas com uma pequena maioria do eleitorado. As eleições na Alemanha acontecem no próximo domingo.

 

Merkel quer pôr fim à "grande coalizão" com o Partido Social Democrata (SPD), de centro-esquerda, e formar um novo governo com o Democratas Livres (FDP) após o pleito de domingo. A pesquisa feita pela agência Forsa, realizada entre os dias 15 e 21 de setembro, reforçam as expectativas para uma corrida

apertada.

 

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Trinta e cinco por cento dos entrevistados demonstraram apoio ao Partido Democrata Cristão (CDU), de Merkel, e à União Social Cristã (CSU), da Baviera. Isso é dois pontos porcentuais a menos na comparação com o levantamento realizado em 14 de setembro.

 

A pesquisa mostrou que o apoio aos Democratas Livres subiu um ponto, para 13%, o que daria à potencial aliança de centro-direita um total de 48%, comparado com 47% de todos os seus rivais combinados.

O apoio ao Partido Social Democrata do ministro de Relações Exteriores Frank-Walter Steinmeier subiu dois pontos porcentuais, para 26%. A intenção de votos para os opositores Partido Verde e A Esquerda não sofreram alterações, ficando em 11% e 10% respectivamente.

 

Steinmeier, o principal adversário de Merkel para o cargo de chanceler, tem concentrado sua campanha em tentar evitar um governo de centro-direita. Embora seja pouco provável que ele se torne chanceler, ele se beneficiou de sua boa performance durante um debate televisivo no dia 13 de setembro com Merkel.

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Merkel prometeu diminuir os impostos para estimular o crescimento econômico e quer interromper os planos para fechar as 17 usinas nucleares alemãs até 2021. Se seu partido e aliados não conseguirem formar uma maioria de centro-direita, uma nova "grande coalizão" pode ser formada.

 

O presidente da Forsa, Manfred Guellner, disse à revista Stern, para a qual a pesquisa foi feita, que não espera que os eleitores mudem de opinião neste estágio da campanha eleitoral. "A corrida será apertada de novo", disse ele, acrescentando que a centro-direita pode ser ajudada por uma peculiaridade do

sistema eleitoral que dá aos alemães dois votos: um para um representante eleito diretamente e outro para uma lista do partido.

 

O sistema permite que mais assentos parlamentares sejam conquistados se um partido conquistar mais cadeiras diretamente do que obteria sob a distribuição proporcional. A Suprema Corte alemã decidiu que o sistema deve ser alterado até 2011.

 

Merkel prometeu formar uma coalizão com os Democratas Livres mesmo se a centro-direita tiver apenas um assento de maioria.  O maior sindicato industrial da Alemanha, o IG Metall, pediu que as pessoas votassem contra a centro-direita, pois afirma que a vitória do grupo poderia ser ruim para os direitos dos

trabalhadores. "Nós queremos evitar uma coalizão que é hostil aos empregados. Cada voto é necessário para isso", disse o vice-líder do sindicato, Detlef Wetzel.

 

Os resultados obtidos pela Forsa estão de acordo com os apurados por três pesquisas divulgadas na sexta-feira por outras agências.Uma indicou que os partidos de centro-direita estavam empatados com seus rivais e as outras duas deram a eles a liderança por até três pontos porcentuais.

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A Forsa entrevistou 2.503 pessoas e a margem de erro da pesquisa é de mais ou menos 2,5 pontos porcentuais. Investigação - A sede de um partido de extrema direita foi alvo de buscas policiais nesta quarta-feira. A polícia de Berlim disse em comunicado que as buscas foram feitas na sede do Partido Nacional Democrático e também na casa do chefe de seu escritório na capital. Eles disseram que três computadores, vários discos e o original de uma carta enviada a candidatos descendentes de estrangeiros foram apreendidos.

 

As cartas foram enviadas pelo escritório berlinense do partido para 30 políticos descendentes de imigrantes que concorrem às eleições gerais de domingo. A carta diz que "de acordo com um plano de cinco passos...estrangeiros devem ser repatriados para seus países de origem". Promotores abriram uma investigação que pode levar a acusações de incitamento racial.

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