10 de outubro de 2012 | 08h38
Molins disse que os 11 suspeitos detidos em operações no fim de semana ficarão presos por mais 24 horas, após a descoberta numa garagem nos subúrbios de Paris de produtos químicos usados para fazer explosivos, que pertenciam a um deles.
"Estamos claramente diante de uma rede terrorista extremamente perigosa", disse Molins em comunicado à imprensa. "É essencial prolongar a estadia deles na prisão."
Os investigadores vasculharam garagens na cidade de Torcy, perto de Paris, durante a noite depois que uma ação antiterrorismo no sábado terminou com a morte de um militante islâmico suspeito de ligação com o assassinato, no mês passado, de um judeu em um mercado. Outros 11 suspeitos foram presos.
Molins disse que uma espingarda, um revólver, sacos de nitrato de potássio, enxofre e uma panela de pressão foram descobertos em uma garagem utilizada por um suspeito, em cuja casa a polícia disse ter encontrado no sábado uma lista de grupos judaicos na região de Paris.
"Estes são produtos usados para fazer o que chamamos de explosivos improvisados", disse o promotor.
A comunidade judaica na França tem sofrido uma série de ataques nos últimos meses. No pior incidente, três crianças judias e um rabino estavam entre as sete pessoas mortas na cidade de Toulouse, em março, por um atirador inspirado na Al Qaeda.
Na semana passada, o governo disse que a ameaça terrorista se mantinha elevada, ao apresentar uma legislação que autoriza a polícia a prender suspeitos de envolvimento com terrorismo fora das fronteiras francesas.
Molins disse que a detenção dos 11 suspeitos pode ser novamente prorrogada por mais seis dias, se necessário.
(Reportagem de Catherine Bremer)
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