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Popularidade de chanceler alemã atinge maior nível em três anos

Atualização:

A popularidade da chanceler alemã, Angela Merkel, entre os eleitores está no maior nível em três anos, de acordo com uma pesquisa publicada nesta quinta-feira que também confirmou o forte apoio à sua postura em relação à crise de dívida da zona do euro. Mas a pesquisa Infratest-ARD sugeriu que o parceiro de coalizão de Merkel, o Partido Democrático Liberal, não deve conseguir ser eleito para a Câmara Baixa do Parlamento nas eleições do ano que vem, complicando as suas esperanças de garantir um terceiro mandato. A sondagem, conduzida depois de uma cúpula da União Europeia amplamente vista pela mídia alemã como um retrocesso para as duras políticas de Merkel na zona do euro, mostrou que 66 por cento dos alemães estavam satisfeitos com sua performance, um aumento de oito pontos percentuais em relação ao mês anterior. Esta é a maior leitura desde 2009, quando ela conquistou o segundo mandato. Cinquenta e oito por cento dos alemães acreditam que a postura de Merkel na crise do euro é correta e decisiva, embora 85 por cento dos entrevistados também esperam que a crise piore. Ambos os números confirmam dados de pesquisas anteriores. Merkel insiste que países da zona do euro fortemente endividados, como a Grécia, devem impor medidas de austeridade em troca de um resgate financeiro e argumenta que a UE deve encontrar um nível muito maior de união política e econômica antes de qualquer mutualização da dívida, uma visão apoiada pelos alemães na pesquisa. Mais de dois terços também foram a favor de um referendo antes da Alemanha ceder mais poderes às instituições da UE, o que é defendido por um número cada vez maior de políticos alemães, inclusive a oposição. Seria o primeiro referendo na Alemanha desde o período nazista. A pesquisa desta quinta-feira mostrou que a União Democrata-Cristã, de Merkel, permanece sendo o partido mais popular na Alemanha, com apoio de 35 por cento, contra 30 por cento do Partido Social-Democrata. A próxima eleição federal na Alemanha está prevista para o segundo semestre de 2013. (Reportagem de Gareth Jones)

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