
04 de abril de 2013 | 13h42
Bersani conquistou a maioria na Câmara, mas não no Senado, nas eleições de fevereiro, deixando o seu grupo de centro-esquerda incapaz de governar sozinho. Na semana passada ele falhou nos esforços para forjar uma maioria viável no parlamento após suas propostas para o movimento anti-establishment 5-Estrela foram rejeitadas.
Renzi, de 38 anos, que perdeu para Bersani em dezembro passado, em uma votação para ser o candidato de centro-esquerda às eleições, deu entrevistas para vários jornais italianos dizendo que estava pronto para ser candidato em novas primárias.
Renzi já havia hesitado em desafiar Bersani, um ex-comunista que deixou escapar uma vantagem, apontada nas pesquisas de opinião, de 10 pontos nas eleições de 24 e 25 de fevereiro, deixando a Itália em um impasse político.
Mas nos últimos dias Renzi se tornou cada vez mais crítico em relação à linha adotada por Bersani, que considera impensável uma "grande coalizão" com o líder de centro-direita Berlusconi.
Outra opção para sair do impasse é um governo tecnocrata patrocinado pelo presidente Giorgio Napolitano, mas isso é rejeitado tanto pela centro-esquerda quanto pela centro-direita.
"Nós não podemos parar aqui esperando até Bersani obter apoio... Nós temos que fazer alguma coisa: um governo formado pelo presidente, uma grande coalizão, ou temos de voltar a votar", disse Renzi ao jornal La Repubblica.
O partido de centro-direita de Berlusconi Povo da Liberdade (PDL) apelou repetidamente para Bersani se juntar a eles em uma coalizão ou voltar às urnas em junho, embora analistas afirmem que são cada vez menores as chances de que uma eleição possa ser realizada até então.
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