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Premiê grego convoca governo de coalizão

Atualização:

O primeiro-ministro grego, George Papandreou, convocou nesta sexta-feira um governo de coalizão para que aprove um vital acordo de resgate que tire o país da crise e destacou que está pronto para deixar o cargo. Papandreou afirmou ao Parlamento que esteve em contato com o presidente e que se reunirá com ele no sábado para discutir a formação de uma coalizão de governo mais ampla que garanta o resgate de 130 bilhões de euros. O líder destacou que está disposto a discutir a composição do novo governo "e inclusive o líder da coalizão". "Há apenas uma solução. Apoiar o acordo com um foco multipartidário, sem eleições, com um governo forte", afirmou o líder grego ao Parlamento, antes de uma votação de confiança sobre seu governo socialista. "A última coisa que me importa é o meu cargo. Nem sequer me importa se eu não for reeleito. Chegou o momento de fazer um novo esforço", acrescentou. O ministro de Finanças grego, Evangelos Venizelos, quem aparece como candidato a liderar o governo, afirmou que "a coalizão de governo a ser formada deve recuperar a credibilidade internacional do país e garantir o rápido desembolso de 30 bilhões de euros para a recapitalização dos bancos gregos." Venizelos disse a parlamentares que o novo governo deverá aprovar o orçamento e o plano de ajuste fiscal revisado, assim como também completar as conversações sobre a participação do setor privado na redução da dívida grega. Segundo ele, espera-se que o novo governo funcione até o fim de fevereiro do ano que vem. Por outro lado, o líder conservador Antonis Samaras rejeitou o chamado de Papandreou para um governo de coalizão, exigindo eleições imediatas. "O senhor Papandreou rejeitou nossa proposta. A única solução é eleição", afirmou ele, de acordo com um porta-voz de seu partido Nova Democracia. (Por George Georgiopoulos e Redação de Atenas)

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