14 de junho de 2014 | 11h18
Sete décadas depois do fim da Segunda Guerra Mundial, o passado nazista da Alemanha faz com que ela permaneça hesitante em enviar tropas ao exterior, mesmo em missões de paz.
A maior economia europeia e quarta maior do mundo tem recebido críticas de aliados por não assumir um papel mais ativo. Gauck disse ter ouvido repetidamente tais apelos durante suas viagens.
"É isso que eu também quero da Alemanha," disse Gauck em entrevista ao Deutschlandradio Kultur após uma viagem à Noruega.
"Tenho a impressão que o nosso país deveria deixar a relutância das décadas passadas de lado, a favor de um forte senso de responsabilidade."
O papel do presidente é, principalmente, cerimonial, mas serve como uma autoridade moral na Alemanha.
"Às vezes é preciso pegar em armas para lutar pelos direitos humanos ou pela sobrevivência de inocentes," disse Gauck.
Em 2010, comentários feitos por um presidente anterior, Horst Koehler, justificando a ação militar para apoiar os interesses comerciais da Alemanha, provocaram críticas que levaram à sua renúncia.
(Reportagem de Annika Breidthardt)
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