17 de outubro de 2012 | 19h15
É a primeira vez que um presidente francês aceita publicamente que ocorreu a matança, da qual não há um número oficial de vítimas, já que os arquivos policiais foram fechados ao público.
Quando a luta pela independência argelina chegou à França, o então chefe da polícia de Paris, Maurice Papon, ordenou uma drástica ofensiva contra milhares de manifestantes que haviam desafiado um toque de recolher.
"Em 17 de outubro de 1961, argelinos que protestavam pela independência foram assassinados em uma sangrenta repressão. A República reconhece esses acontecimentos", disse Hollande em comunicado. "Rendo homenagem às vítimas 51 anos depois", acrescentou.
O massacre tem sido amplamente estudado por historiadores, que afirmam que mais de 200 pessoas morreram no episódio mais fatídico de uso da força por parte das autoridades francesas desde que a polícia ajudou a buscar e deter milhares de judeus e outras minorias durante a ocupação nazista de 1940 e 1945.
(Reportagem de Leigh Thomas e Nicholas Vinocur)
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.