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Presidente polonês ratifica Tratado de Lisboa

Kaczynski insistiu em uma antiga reivindicação da diplomacia polonesa: a abertura da UE a outros países

Atualização:

O presidente da Polônia, Lech Kaczynski, assinou neste sábado, 10, em Varsóvia, o Tratado de Lisboa, em um ato no qual esteve acompanhado do presidente rotativo da União Europeia (UE), o primeiro-ministro Fredrik Reinfeldt, da Suécia, e dos presidentes da Comissão e do Parlamento europeus, José Manuel Durão Barroso e Jerzy Buzek, respectivamente.

 

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Ao rubricar o documento, Kaczynski pôs fim a mais de um ano de rejeição ao texto e deixou a República Tcheca como único país do bloco a não concluir o processo de ratificação.

 

O Tratado de Lisboa "melhora" o funcionamento das instituições da UE, destacou Lech Kaczynski, que cumpriu a promessa de ratificar o texto só depois de a Irlanda aprová-lo em plebiscito, o que aconteceu no fim de semana passado.

 

"Após a decisão da Irlanda, já não havia obstáculo à ratificação", afirmou o chefe do Estado polonês, que, no entanto, disse que a "Polônia é e continuará sendo um país soberano" apesar da assinatura.

 

Kaczynski aproveitou seu discurso para insistir em uma antiga reivindicação da diplomacia polonesa: a abertura da UE a outros países, especialmente a "Ucrânia e Geórgia".

 

O Parlamento polonês já tinha dado sinal verde ao Tratado de Lisboa em abril de 2008. Mas, por insistência de Lech Kaczynski, o texto foi acompanhado de um decreto com as principais exigências dos conservadores governistas, como uma referência expressa à supremacia da legislação polonesa frente às leis do bloco e à Carta de Direitos Europeus.

 

Desde então, só restava a assinatura do presidente para que, de acordo com a Constituição da Polônia, o documento ficasse definitivamente aprovado no país.

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"O Tratado encerra a primeira etapa da ampliação da UE. Somos testemunhas de uma ratificação muito importante", afirmou Barroso após o ato.

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