Primeiro McDonald's de Moscou reabre após interdição de 90 dias

Fechamento de segurança coincidiu com o momento no qual as relações entre a Rússia e os Estados Unidos se degradaram por causa da crise na Ucrânia

PUBLICIDADE

Por MARIA VASILYEVA
Atualização:
Primeiro McDonald"s de Moscou reabre após interdição de 90 dias Foto: Reuters

O primeiro restaurante McDonald's de Moscou reabriu nesta quarta-feira depois de ficar fechado por quase três meses por causa de violações de saúde e segurança, que coincidiram com o momento no qual as relações entre a Rússia e os Estados Unidos se degradaram a níveis pós-soviéticos em função da crise na Ucrânia.

PUBLICIDADE

A filial do McDonald's Corp, que abriu em 1990, foi fechada no fim de agosto, parte de uma série de interdições por todo o país vistas por muitos como uma retaliação pelas sanções ocidentais a Moscou por seu papel no conflito ucraniano.

Muitos restaurantes reabriram desde então, mas segundo a empresa ainda há 200 inspeções em andamento e quatro unidades fora de Moscou continuam com as portas fechadas.

A Rospotrebnadzor, agência de segurança alimentar do país, disse que as interdições, que aconteceram depois de inspeções inesperadas, não têm relação com o impasse da Rússia com o Ocidente.

A porta-voz das operações do McDonald's no país, Svetlana Polyakova, afirmou que a empresa cumpriu com as exigências da Rospotrebnadzor.

“O McDonald's continua a funcionar normalmente”, declarou.

A rede tem 461 restaurantes espalhados pelo vasto território russo. Neste ano, 45 novos restaurantes foram inaugurados e mais 25 devem abrir até o fim do ano. A taxa de crescimento não sofrerá alterações no ano que vem, segundo Polyakova.

Publicidade

Quando o McDonald's recém-reaberto foi inaugurado na Praça Pushkin, no centro de Moscou, se tornou um símbolo do capitalismo norte-americano florescente durante a queda da União Soviética. Desde então, longas filas são comuns e algumas pessoas até fizeram festas de casamento no local.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.