29 de dezembro de 2010 | 18h29
Viajantes enfurecidos agrediram funcionários da companhia aérea estatal Aeroflot no aeroporto Sheremetyevo na terça-feira, quando milhares de pessoas ficaram retidas com poucos alimentos e informações depois que chuvas geladas e apagões interromperam o tráfego pelo terceiro dia seguido.
"Tivemos que tirar alguns de nossos colegas de suas férias. Não haverá férias de agora em diante. Todos devem continuar trabalhando", disse Putin durante uma reunião do governo que contou com a participação de executivos aeroportuários e de companhias aéreas.
A maioria dos russos tira férias de dez dias a partir do dia 1o de janeiro e o país fica praticamente paralisado neste período.
Um apagão também afetou o maior aeroporto de Moscou, Domodedovo, ressaltando pela segunda vez neste ano a incapacidade das autoridades de lidar com as consequências de condições climáticas extremas.
A reação lenta das administrações aeroportuárias e de autoridades foi semelhante àquela ocorrida durante a onda de calor e os incêndios florestais que atingiram a Rússia no verão, prejudicando a popularidade da liderança do país.
Putin, visto como o principal líder da Rússia, frequentemente faz duros comentários após grandes incidentes, buscando manter os altos índices de popularidade, no momento em que o país entra no período eleitoral.
Cerca de 48 mil pessoas na região de Moscou ainda estavam sem eletricidade na quarta-feira, e o número aumentava durante as fortes nevascas e chuvas geladas que cobriram os cabos de transmissão e árvores com gelo espesso.
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