16 de dezembro de 2010 | 11h50
"É necessário reprimir duramente as demonstrações de extremismo de todos os quadrantes", disse Putin em uma sessão anual de perguntas e respostas, depois de incidentes violentos ocorridos nesta semana em Moscou entre nacionalistas russos e minorias não-eslavas.
A polícia mobilizou reforços na capital e prendeu mais de mil pessoas, tentando evitar mais violência. O presidente Dmitry Medvedev qualificou os incidentes da semana passada como "pogroms".
Mas Putin também lançou farpas contra a oposição liberal, dizendo que suas críticas são tão "inadmissíveis" quanto os distúrbios racistas.
"A sociedade, inclusive a sociedade liberal, precisa entender que deve haver ordem e deve haver apoio ao governo atualmente no poder, a fim de apoiar os interesses da maioria", afirmou.
Putin, de 58 anos, ex-agente da KGB, é o político mais popular do país e pode ser candidato a presidente em 2012, voltando ao cargo que já ocupou de 2000 a 2008.
Muitos o veem como fiador da estabilidade russa depois da caótica década de 1990, mas críticos dizem que suas políticas reverteram avanços democráticos do período pós-soviético -- o que se reflete, por exemplo, na repressão a qualquer manifestação pública de dissidência, como os como os comícios organizados por ativistas liberais.
(Reportagem de Guy Faulconbridge)
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