
09 de maio de 2014 | 11h03
No leste ucraniano, onde rebeldes pró-Moscou planejam um referendo no domingo para seguir a Crimeia e se separar da Ucrânia. O Ministério do Interior da Ucrânia informou que suas forças de segurança mataram 20 rebeldes pró-Rússia no porto de Mariupol, em um dos confrontos mais sangrentos entre forças ucranianas e separatistas.
O secretario-geral da Otan, Fogh Rasmussen, condenou a visita de Putin à Crimeia, cuja anexação, em março, não foi reconhecida por potências ocidentais. Ele também questionou informações sobre uma declaração do Kremlin de que havia retirado tropas da fronteira ucraniana.
O governo em Kiev definiu a visita de Putin à Crimeia como uma "provocação" cuja intenção era deliberadamente agravar a crise.
Mais cedo nesta sexta-feira, Putin presidiu a maior celebração do Dia da Vitória que Moscou realizou nos últimos anos. Os tanques, aeronaves e mísseis balísticos intercontinentais foram um lembrete ao mundo - a eleitores russos - da determinação de Putin de reviver o poderio mundial de Moscou, 23 anos após o colapso da União Soviética.
"A vontade ferrenha do povo soviético, seu destemor e resistência salvaram a Europa da escravidão", disse Putin em um discurso aos militares e veteranos de guerra reunidos na Praça Vermelha.
Estava previsto que ele iria ao desfile e outros eventos do aniversário da guerra, na Crimeia. Este ano também é o 70o aniversário da batalha na qual o Exército Vermelho retomou controle da península, situada do Mar Negro, que estava sob ocupação dos nazistas.
Rasmussen, da OTAN, classificou a viagem como "inapropriada". (Reportagem adicional de Nigel Stephenson em Moscow, David Mardiste em Tallinn, Ralph Boulton, Pavel Polityuk, Aleksandar Vasovic e Elizabeth Piper em Kiev e Alessandra Prentice em Slaviansk)
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