
31 de dezembro de 2013 | 14h23
O firme discurso de Ano Novo foi a primeira manifestação pública de Putin desde que os suicidas mataram pelo menos 34 pessoas em ataques contra uma estação de trem e um trólebus no domingo e na segunda-feira.
Os atentados levantaram preocupação com novos ataques antes de a Rússia sediar as Olimpíadas de Inverno em menos de seis semanas em Sochi, no Mar Negro, importante projeto de prestígio para Putin.
"Estou certo de que continuaremos combatendo terroristas consistentemente e ferozmente até a sua aniquilação completa", afirmou Putin, de acordo com agências de notícias russas.
"Caros amigos, curvemo-nos diante das vítimas de cruéis atos terroristas", disse o líder russo em visita à cidade de Khabarovsk, na costa leste do país.
Putin, que se tornou presidente pela primeira vez quando seu antecessor Boris Yeltsin renunciou e nomeou-o ao posto há exatamente 14 anos nesta terça-feira, tem sido incapaz de derrotar militantes islâmicos nas províncias muçulmanas do Cáucaso do Norte.
A polícia deteve nesta terça-feira dezenas de pessoas em varreduras em Volgogrado, embora não houvesse nenhuma indicação de que qualquer uma delas tivesse ligação com os ataques, pelos quais ninguém assumiu a responsabilidade.
A população em luto colocou flores no local do atentado que despedaçou o ônibus e levou moradores a temer mais violência.
"Estou atemorizada", disse a estudante Tatyana Volchanskaya em Volgogrado, 700 quilômetros a noroeste de Sochi, onde os Jogos Olímpicos começam em 7 de fevereiro. Ela disse que alguns amigos estavam com medo de entrar em lojas e em outros lugares lotados.
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