
30 de março de 2010 | 12h00
MOSCOU - O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, prometeu nesta terça-feira, 30, buscar os responsáveis por planejar o atentado contra o metrô de Moscou que matou 39 pessoas na segunda-feira, 29. "Vamos arrancá-los de seus buracos", disse Putin. O governo russo acusa separatistas chechenos pelos ataques.
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O premiê, que liderou uma ofensiva contra a república separatista de maioria islâmica quando era presidente, participou de uma cerimônia pelas vítimas do atentado em Moscou. "Sabemos que estão se escondendo, mas é uma questão de honra encontrá-los(...). Estou confiante de que isto será feito", completou.
Especula-se na Rússia que as explosões sejam uma retaliação a morte de líderes separatistas no norte do Cáucaso. Até o momento, ninguém assumiu autoria do atentado. Na segunda-feira,o chanceler Sergei Lavrov disse que militantes chechenos podem ter sido treinados no Paquistão e no Afeganistão.
Todos nós sabemos que na fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão, na chamada 'terra de ninguém', o terrorismo está impregnado", afirmou Lavrov. "Nós sabemos que muitas pessoas lá planejam ataques, não somente no Afeganistão, mas também em outros países. Às vezes eles trilham para o Cáucaso", acrescentou.
Nesta manhã, policiais e agentes foram destacados para reforçar a segurança em estações de metrô e aeroportos. As autoridades russas temem que as explosões de segunda-feira, atribuídas a grupos separatistas do Cáucaso, deem início a uma nova onda de ataques no país.
Duas mulheres-bombas detonaram explosivos em duas estações do metrô de Moscou durante o horário de pico. Ao menos 39 pessoas morreram e 71 ficaram feridas. Destas, cinco estão em estado grave.
Com informações da AP e da Reuters
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