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Racha no partido de Berlusconi abre crise na coalizão que governa a Itália

Premiê rompe com presidente da Câmara após críticas e pode perder apoio no Congresso

Atualização:

ROMA - A coalizão de centro-direita que sustenta o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, sofreu um forte abalo na noite de quinta-feira, 29, após o premiê romper a aliança com o presidente da Câmara, Gianfranco Fini, seu aliado de longa data. 

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Fini fundou um novo partido, chamado Ação Nacional, e levou consigo 35 deputados e oito senadores. Atualmente, o Povo da Liberdade tem 271 deputados. A Liga do Norte, partido nacionalista de Umberto Bossi aliado a Berlusconi, conta com 59. A oposição liderada pelo Partido Democrata tem 269 parlamentares.

 

O partido Povo da Liberdade publicou uma monção de censura a Fini, dizendo que suas ações e comentários não refletem os ideais do partido que ajudou a fundar.O presidente da Câmara provocou a ira do premiê ao defender o afastamento de membros do governo sob investigação judicial. Ele também ajudou a enterrar a lei da Mordaça que Berlusconi queria impor aos procuradores.

 

Berlusconi diz não haver risco para sua coalizão. "Temos a maioria", garantiu o premiê. Os aliados vinham se distanciando há meses. Berlusconi acusa Fini de traição e de conspirar pela 'morte lenta' do partido criado pelo premiê, no poder há dois anos.

 

Com o racha, Berlusconi pode perder sua maioria na Câmara dependendo de quantos deputados leais a Fini deixarem de apoiá-lo. Segundo o jornal oposicionista La Republica, o governo está a beira da crise.

 

O líder da oposição Pier Luigi Bersani disse que Berlusconi deveria admitir que seu governo enfrenta uma crise profunda e se dirigir ao Parlamento.

 

Fini dissolveu seu antigo partido, A Aliança Nacional, para uni-lo ao Força Itália de Berlusconi, criando o Povo da Liberdade. Ele apoiava Berlusconi há 14 anos. Com informações da AP

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