22 de outubro de 2012 | 08h03
A eleição na Galícia, onde as medidas de austeridade foram implementadas pelo Partido Popular antes mesmo de Rajoy assumir o governo central espanhol há um ano, era vista como um referendo sobre a forma como a Espanha tem enfrentado a crise da zona do euro.
A vitória lá da ao primeiro-ministro algum espaço para respirar, depois que as urnas mostraram em outras regiões uma perda de apoio em meio aos protestos populares contra os cortes de gastos nos serviços públicos e aumentos sucessivos de impostos.
O Partido Popular, de Rajoy, manteve o governo e maioria absoluta parlamentar na região da Galícia, com 41 assentos ante 18 para o Partido Socialista e 16 para dois partidos nacionalistas.
O partido do governo conquistou três cadeiras a mais do que na eleição de três anos atrás e dois além do previsto pelas pesquisas de opinião para o governo regional de Alberto Nunez Feijoo.
Analistas e autoridades da União Europeia acreditam que Rajoy estava esperando apenas passar as eleições para solicitar mais ajuda à Europa, porque temia que as condições impostas pelos credores, como a reforma do sistema de pensões, poderiam contrariar os eleitores.
O premiê espanhol, que em junho recebeu uma promessa de ajuda da zona do euro de até 100 bilhões de euros para recapitalizar os bancos do país, disse na sexta-feira que ainda não decidiu se vai pedir ou não um pacote de ajuda externa para o governo.
A Espanha vive a segunda recessão desde 2009 e o FMI prevê que a economia do país vai se contrair em 1,3 por cento no ano que vem. O desemprego está na casa de 24,6 por cento.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.