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Rebeldes chechenos reivindicam explosão ferroviária na Rússia

Atentado da semana passada deixou 26 mortos e dezenas de feridos; autoridades temem nova onda de ataques

Por Agência Estado e Associated Press
Atualização:

Rebeldes chechenos reivindicaram nesta quarta-feira, 2, a responsabilidade pelo atentado a bomba contra um trem no qual 26 pessoas morreram e dezenas mais ficaram feridas na Rússia na semana passada, segundo uma página na internet vinculada aos insurgentes.

 

A reivindicação, publicada na página Kavkazcenter.com, confirma as suspeitas das autoridades russas de que o ataque teria sido perpetrado por separatistas islâmicos do Cáucaso do Norte.

 

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A confirmação também alimenta temores de que venha a ocorrer uma nova onda de atentados fora da conturbada região do Cáucaso depois de cinco anos de episódios de violência concentrados na área.

 

A reivindicação, divulgada em nome do líder separatista checheno Doku Umarov, diz que o ataque ao expresso Moscou-São Petersburgo foi executado por ordem do senhor da guerra. "Nós declaramos que essa operação foi preparada e executada sob as ordens do emir do Emirado do Cáucaso", como é chamado Umarov por seus simpatizantes, diz a declaração.

 

Acredita-se que Umarov chefie uma rede de células separatistas no volátil Cáucaso do Norte, região de maioria muçulmana onde grupos armados lutam contra Moscou.

 

Pouco depois do descarrilamento do trem, na sexta-feira, investigadores russos disseram acreditar que o episódio não fora acidental depois de terem encontrado vestígios de explosivos e uma cratera perto do local da tragédia.

 

O atentado da semana passada foi a primeira ação extremista fora do Cáucaso do Norte desde os ataques a dois aviões e a uma estação do metrô de Moscou, em 2004.

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Nesta quarta, cerca de 1.500 pessoas participaram, em São Petersburgo, de um protesto contra o extremismo. A manifestação teve apoio do Partido Rússia Unida, do primeiro-ministro Vladimir Putin.

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