Renúncia de Brown pode ser importante passo para aliança, diz Clegg

Liberal democrata confirma que partido iniciará conversas formais de coalizão com trabalhistas

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LONDRES - O líder do Partido Liberal Democrata do Reino Unido, Nick Clegg, disse nesta segunda-feira, 10, que a disposição do atual primeiro-ministro do país, Gordon Brown, em renunciar é um "importante elemento" para a formação de um novo governo.

 

 

Clegg confirmou que seu conversará com os trabalhistas, partido de Brown, sobre a formação de um governo de coalizão, conforme o premiê havia adiantado. O liberal democrata, porém, indicou que não deixará de lado o diálogo com os conservadores e seu líder, David Cameron.

 

Em declarações feitas após Brown anunciar que renunciaria em setembro para facilitar a formação de uma aliança de seu partido com os liberais democratas, Clegg disse que a decisão do premiê "pode ser um importante elemento para uma transição tranquila para um governo estável". A renúncia de Brown foi uma das condições impostas por Clegg para a formação de uma aliança com os trabalhistas.

 

Após o anúncio dos resultados das eleições, Clegg havia dito que negociaria uma coalizão antes com os conservadores, já que o partido havia se tornado o maior no Parlamento, rompendo assim a convenção constitucional que dá preferência ao primeiro-ministro vigente. Brown afirmou compreender a postura de Clegg e disse que cuidaria para que as negociações corressem dentro da legislação britânica.

 

Os liberais democratas e os conservadores iniciaram as negociações um dia após as eleições, e apesar de ambos os lados dizerem que houve avanços, nenhuma aliança foi firmada, o que abriu espaço para conversas com os trabalhistas, conforme Clegg disse que ocorreria anteriormente caso não houvesse acordo com o partido de Cameron.

 

Não há um prazo estabelecido para a escolha do novo primeiro-ministro, mas espera-se que o ocupante do cargo seja definido antes do dia 25, quando a Rainha Elizabeth II confirma o líder britânico em seu discurso. Caso nenhuma aliança seja firmada, Cameron pode tentar governar sem maioria ou novas eleições podem ser convocadas.

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Com informações da agência Reuters

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