Resultados oficiais no Kosovo confirmam vitória de Thaçi

Segundo os dados da Comissão Eleitoral do Kosovo, após a apuração de 90% das urnas, o KDP teve 34% dos votos

PUBLICIDADE

Por Efe
Atualização:

Os resultados oficiais das eleições parlamentares de sábado, 17, no Kosovo confirmaram nesta segunda-feira a vitória do Partido Democrático do Kosovo (KDP), do ex-líder guerrilheiro Hashem Thaçi. Segundo os dados da Comissão Eleitoral do Kosovo, após a apuração de 90% das urnas, o KDP teve 34% dos votos.   No entanto, Thaçi não poderá formar governo sozinho na província, que pertence à Sérvia, e deverá buscar aliados para formar coalizão. A maioria dos observadores aposta em um acordo com a Liga Democrática do Kosovo (LDK).   No sábado, ao comemorar sua vitória, Thaçi tinha prometido aos albaneses proclamar independência pouco depois do dia 10 de dezembro, data em que termina a nova fase de negociações do estatuto do Kosovo com os sérvios sob mediação de UE, EUA e Rússia.   A UE advertiu nesta segunda Thaçi para que aja com responsabilidade e evite uma declaração unilateral de independência, à qual aspiram os albaneses e à qual a Sérvia se opõe categoricamente.   A até agora governante LDK, do presidente kosovar, Fatmir Sejdiu, foi o segundo partido mais votado, com o 21,8%. Também partido do primeiro presidente, Ibrahim Rugova, a LDK vinha sendo até hoje a vencedora de todas as eleições na província, e perdeu mais da metade dos votos de 2004.   O terceiro partido mais votado foi um recém-surgido: a Aliança Kosovo Novo (AKR) do multimilionário Behgjet Pacolli, que teve 12,1% dos votos.   A Liga Democrática Dardania, de Nexhat Daci, uma cisão da LDK, obteve 10,4% dos votos, e a Aliança para o Futuro do Kosovo (AAK), da atual coalizão governista, 9,9%.   A eleição foi marcada por uma elevada abstenção, que chegou pelo menos a 55%. Segundo observadores, isso ressalta a crescente frustração das kosovares com sua liderança atual e a péssima situação econômica e social da província.   A abstenção entre a minoria sérvia foi total, cumprindo a ameaça de boicote para tirar legitimidade das autoridades separatistas. A eleição foi para renovar o Parlamento de 120 deputados da província, e eleger 30 prefeitos e câmaras municipais.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.