10 de agosto de 2007 | 17h38
A agência de notícias Reuters foi forçada a admitir que uma imagem divulgada na semana passada que supostamente mostrava submarinos russos no leito do Oceano Ártico eram na verdade trechos do filme Titanic, revelou o jornal britânico The Guardian nesta sexta-feira, 10. Um garoto de 13 anos foi o responsável por desvendar o erro. As fotos foram reproduzidas em meios de comunicação de todo o planeta - inclusive no estadao.com.br - para ilustrar reportagens sobre a colocação de uma bandeira russa no leito marinho do pólo norte, no último dia 2. Sabe-se agora, entretanto, que as imagens são na realidade de dois submergíveis Mir produzidos na Finlândia. Os aparelhos teriam sido usados na filmagem dos destroços do Titanic no Atlântico Norte, há 10 anos. O erro só foi revelado depois que um menino finlandês de 13 anos contatou um jornal local para dizer que as imagens pareciam idênticas às usadas no filme. Segundo o Guardian, a Reuters admitiu ter captado as imagens a partir de uma reportagem do canal estatal russo RTR, identificando-as erroneamente como imagens do Ártico. A RTR também usou as imagens para ilustrar matérias sobre a expedição no Pólo Norte, mas as teria veiculado como material de arquivo. As imagens foram transmitidas inicialmente pela RTR quando os russos encontravam-se ainda a várias horas de distância do Pólo Norte. A Reuters desculpou-se pelo erro, e anunciou mudanças no seu material de vídeo sobre a expedição. A agência divulgou uma nota admitindo o erro e publicou, na quinta-feira, correções nas legendas das imagens. O incidente soma-se a um embaraço sofrido pela agência em agosto do ano passado, quando publicou imagens manipuladas de um bombardeio israelense no Líbano Depois da gafe, destaca o Guardian, a Reuters prometeu ampliar o controle sobre o material fotográfico transmitido pela agência.
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