23 de janeiro de 2013 | 15h46
Falando em sua coletiva de imprensa anual, o ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, mesclou palavras de cautela sobre isolar o Irã ou atacá-lo com uma pequena cutucada em Teerã sobre as inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica.
"As tentativas de preparar e implantar ataques a instalações nucleares iranianas e em sua infraestrutura como um todo são uma ideia muito, muito perigosa. Esperamos que essas ideias não sejam concretizadas", disse Lavrov.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sugeriu fortemente uma possível ação militar para impedir o Irã de desenvolver uma bomba atômica. Em um discurso de vitória eleitoral nesta quarta-feira, ele disse que impedir o Irã de obter armas nucleares seria o principal desafio para o novo governo.
Referindo-se a conversações em que a AIEA vem tentando negociar um acordo para inspetores terem acesso a instalações, funcionários e documentos, Lavrov afirmou: "Os iranianos disseram que querem que este documento seja concordado por inteiro. Achamos que nossos colegas iranianos poderiam fazer isso um pouco mais rápido."
Falando de negociações separadas entre o Irã e seis potências mundiais que estão tentando garantir que o país não busque um programa de armas nucleares, Lavrov disse estar confiante que uma nova rodada de negociações será realizada, mas afirmou que um local ainda não tinha sido acordado.
O Irã nega que esteja tentando desenvolver um arsenal nuclear e diz que seu programa nuclear tem apenas fins pacíficos.
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