Rússia constrói oleoduto para a Ásia em detrimento da Europa

PUBLICIDADE

Por VLADIMIR SOLDATKIN
Atualização:

A Rússia concluiu seu maior projeto de infraestrutura desde a União Soviética, expandindo seu oleoduto ao leste até o oceano Pacífico, procurando conquistar uma fatia maior do mercado asiático. Demorou 6 anos e mais de 25 bilhões de dólares para a empresa monopolista Transneft construir a via "East Siberia - Pacific Ocean" (ESPO) para o porto de Kozmino, onde havia formalmente uma ligação ferroviária. Ao completar o quilômetro 4.200 (2,600 milhas) da linha, a Rússia criou uma poderosa alavanca para o óleo fluir sem interrupção de leste a oeste e vice-versa, enviando um sinal de alerta para a União Europeia, que é fortemente dependente do fornecimento de energia do ex-adversário desde a Guerra Fria. A Transneft disse que o Japão comprou quase um terço das exportações da ESPO este ano, seguido pela China, com 24 por cento e os Estados Unidos, com 22 por cento. O presidente Vladimir Putin exortou as companhias de petróleo e gás a aumentar sua participação no lucrativo mercado de energia asiático. É esperada a inauguração oficial do oleoduto pelo presidene russo nas primeiras horas de terça-feira. "Isso nos dá a oportunidade de trabalhar de forma eficiente no mercado de mais rápido crescimento no mundo, no mercado da Ásia e Pacífico", disse Putin na semana passada. O projeto tem sido o centro das atenções na Rússia desde o seu início e o ativista de oposição Alexei Navalny acusou a Transneft de um desfalque 4 bilhões de dólares ligado à construção do oleoduto. A Transneft negou as acusações.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.