Rússia diz que continuará fornecendo armas à Venezuela

Presidentes anunciam criação de banco comum e reforçam apoio técnico-militar entre os dois países

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Atualização:

O governo russo continuará fornecendo armamentos à Venezuela e ainda neste ano deverá criar um banco comum em parceria com Caracas, segundo anunciou o presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, após encontro com o líder venezuelano, Hugo Chávez. "A cooperação técnico-militar com a Venezuela constitui um elemento importante das nossas relações e não escondemos isso", disse Medvedev, segundo informou a agência Itar-Tass.

 

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O mandatário russo também anunciou a criação de um banco conjunto, que terá um capital de US$ 4 bilhões. O organismo atuará em Caracas, Moscou e também em outros países. Por sua vez, Chávez anunciou, durante a reunião, que seu país passa a reconhecer como Estados independentes as duas regiões separatistas da Geórgia, Ossétia do Sul e Abkházia.

 

"Ainda não falei sobre isso, mas quero anunciar que a Venezuela decidiu reconhecer a independência da Abkházia e da Ossétia do Sul", disse Chávez no início do encontro. Ele acrescentou que "em breve serão iniciadas as ações necessárias para estabelecer as relações diplomáticas com estes países". Medvedev agradeceu Chávez pelo reconhecimento.

 

Desde o último ano, a Ossétia do Sul e a Abkházia são destaques no cenário internacional devido ao pedido de reconhecimento de suas independências do território georgiano. Em agosto do ano passado, forças da Geórgia e da Rússia iniciaram um conflito, que deixou mais de 1.400 mortos, segundo os separatistas. As tropas russas saíram vencedoras. A Venezuela é o terceiro país a anunciar tal reconhecimento, após Rússia e Nicarágua. Outros países ainda defendem a integração territorial.

 

O mandatário venezuelano realiza desde a última semana um giro pela Europa, Magreb e Oriente Médio. Antes da Rússia, ele passou por Líbia, Síria, Argélia, Irã, Turcomenistão e viajou a Veneza, na Itália, para assistir a projeção do documentário "South of the Border", de Oliver Stone, que narra sua trajetória. Na sexta, Chávez é esperado na Espanha, onde deverá discutir as relações entre América Latina e União Europeia (UE) em reunião com o chefe de governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero.

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(Com Ansa)

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