
20 de novembro de 2010 | 17h32
O presidente russo, Dmitri Medvedev, condicionou neste sábado, 20, a participação da Rússia em um "escudo" antimíssil a que essa colaboração se desenvolva "em pé de igualdade e com transparência".
O líder russo disse que Moscou precisa analisar "o que será" esse sistema antimíssil, já que poderia "romper o equilíbrio", afirmou. No entanto, disse em entrevista coletiva que a Rússia está disposta a estudar a proposta da Otan, mas insistiu que a participação deve ser "em pé de igualdade" com os países aliados.
Medvedev destacou, além disso, que no mundo atual os países são "interdependentes" e as decisões de alguns influem sobre os demais, por isso advertiu que se não chegar a um acordo em torno da defesa antimíssil em dez anos "haverá uma nova corrida nuclear", o que não beneficiaria ninguém, disse.
Obama
O presidente americano, Barack Obama, disse na sexta-feira que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) havia chegado a um acordo par implementar um sistema antimísseis conjunto para todos os 28 países do bloco.
"Tenho o prazer em anunciar que, pela primeira vez, concordamos em desenvolver um sistema de defesa antimísseis suficientemente capaz de cobrir todo o território dos países europeus da Otan e os EUA", disse Obama a jornalistas após o fim de uma reunião, no primeiro dia da cúpula da Otan em Lisboa.
Na reunião, a Otan decidiu redefinir sua estratégia de ação para os próximos anos. O bloco pretende combater novas ameaças como o terrorismo e desenvolver uma parceria estratégica com a Rússia.
Com informações da Reuters
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