Rússia e China rejeitam estudar novas sanções contra Irã

Altos representantes dos cinco países-membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e Alemanha nem sequer conseguiram concordar uma data para suas próximas consultas

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Atualização:

Rússia e China rejeitam manter negociações com os EUA, Grã-Bretanha, França e Alemanha para decidir sobre um possível novo pacote de sanções contra o regime de Teerã pelo polêmico programa nuclear iraniano, segundo a revista alemã "Der Spiegel".

 

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Em sua próxima edição, que neste sábado antecipa, "Der Spiegel" informa que as conversas internacionais para estudar novas sanções contra o Irã ameaçam fracassar antes inclusive de haver começado.

 

Acrescenta que os altos representantes dos cinco países-membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e Alemanha nem sequer conseguiram concordar uma data para suas próximas consultas na reunião celebrada esta semana na localidade alemã de Königstein.

 

Aparentemente, EUA, França, Grã-Bretanha e Alemanha propuseram iniciar uma nova rodada de conversas sobre possíveis sanções contra o Irã no final de setembro, coincidindo com a Assembleia Geral da ONU, ao que se opuseram China e Rússia.

 

A revista afirma que esta negativa torna muito improvável uma cúpula dos chefes de Estado e Governo do chamado grupo 5+1 e dificulta inclusive uma reunião de seus ministros de Exteriores.

 

Os representantes de Moscou e Pequim deixaram claro no encontro realizado em Königstein que são partidários de dar mais tempo às autoridades de Teerã para que reajam à última oferta de diálogo.

 

"Der Spiegel" assegura que os quatro países ocidentais do grupo 5+1 defendem iniciar já conversas sobre possíveis novas sanções contra o Irã para aumentar a pressão sobre suas autoridades.

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Acrescenta que, se mantém o desacordo no grupo 5+1, EUA e Grã-Bretanha poderiam optar por estudar sanções contra o Irã com independência da Rússia e China.

 

Para castigar de novo ao Irã, os países ocidentais do grupo ventilam a suspensão da provisão de gasolina e outros derivados do petróleo, assim como o fechamento de seus aeroportos e portos aos aviões e navios iranianos.

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