07 de agosto de 2007 | 13h21
A Rússia e os EUA precisarão avançar muito para cumprir a meta de, até 2012, destruir todo seu imenso estoque de armas químicas, afirmou na terça-feira o chefe de um tratado responsável por verificar o cumprimento desse compromisso.Quantidades significativas de "algumas das substâncias mais tóxicas e perigosas já inventadas" continuam armazenadas nos dois países, disse Rogelio Pfirter, diretor-geral a Organização para a Proibição das Armas Químicas.Na última década, a Rússia destruiu 22% de seu arsenal e os EUA, 46%."Parece haver vontade política, então tenho de acreditar que as coisas estão se encaminhando. Mas vou pedir para que façam um grande esforço, não há dúvida a esse respeito. E isso porque ainda é muito grande a quantidade de material que falta ser destruída", afirmou Pfirter.A autoridade deu essas declarações durante a Conferência sobre o Desarmamento, patrocinada pela Organização das Nações Unidas (ONU). Essa conferência negociou a Convenção sobre Armas Químicas (1997), proibindo o uso, desenvolvimento, produção, armazenagem ou transferência desse tipo de armamento.Inspetores confirmaram que quase 24 mil toneladas métricas de agentes químicos, ou 33% dos estoques declarados no mundo todo, foram destruídas como resultado do histórico acordo.A Rússia e os EUA, que respondiam por 67 mil toneladas métricas das 70 mil declaradas por seis países, receberam cinco anos a mais do que o prazo inicial concluído em 2007 para destruir seus estoques.O tratado contou com a ratificação de 182 países, mas 13 recusaram-se a assiná-lo, entre os quais Israel, o Egito, a Síria, a Coréia do Norte e Mianmar.
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