
21 de dezembro de 2010 | 17h12
A Grã-Bretanha disse ter solicitado a expulsão do diplomata russo em 10 de dezembro, após "claras evidências" de atividades do serviço russo de inteligência contra os interesses britânicos.
Seis dias depois, a Rússia solicitou a retirada do diplomata britânico, segundo nota divulgada pela chancelaria britânica. Ambos os diplomatas já deixaram os países onde estavam.
No começo de dezembro, a Rússia acusou a Grã-Bretanha de "espiomania paranoica," e sugeriu que a prisão da assessora russa de um parlamentar britânico poderia atrapalhar os esforços de aproximação diplomática bilateral.
A chancelaria russa criticou o tratamento dispensado a Katia Zatuliveter, 25 anos, assessora de um deputado liberal-democrata que atua na Comissão de Defesa do Parlamento britânico. O jornal Sunday Times havia informado que ela era suspeita de espionagem.
As relações entre Rússia e Grã-Bretanha foram abaladas em 2006 pela morte, em Londres, de Alexander Litvinenko, um crítico do governo russo, que foi vítima de contaminação por um raro isótopo radiativo. A Rússia se recusa a extraditar um parlamentar que a Grã-Bretanha acusa de envolvimento no crime.
Acusações de espionagem entre Moscou e Londres remontam à época da Guerra Fria. Mas o novo governo britânico, que tomou posse em maio, vinha buscando uma reaproximação, e no mês passado o primeiro-ministro David Cameron aceitou um convite para visitar a Rússia no ano que vem. Seu chanceler, William Hague, já esteve em Moscou.
(Reportagem adicional de Tim Castle)
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