
03 de agosto de 2012 | 09h05
A fonte disse que cada barco leva até 120 fuzileiros, e que eles já estão no Mediterrâneo e chegarão a Tartus ainda nesta semana ou no começo da próxima.
De acordo com essa fonte, o objetivo dos navios é reabastecer a pequena unidade russa de manutenção e reparos, onde trabalham menos de cem pessoas, segundo analistas.
A Rússia já havia dito anteriormente que pretendia enviar fuzileiros à Síria para o caso de precisar proteger seu pessoal ou retirar equipamentos da instalação naval.
O ministério russo da Defesa não quis comentar a mobilização. Uma fonte do Estado-Maior disse que os navios devem voltar ao porto russo de Novorossiysk depois de passarem vários dias em Tartus.
A Síria é a principal posição para a presença russa no Oriente Médio, e Damasco comprou no ano passado o equivalente a 1 bilhão de dólares em armas da Rússia, ou 8 por cento do total das exportações bélicas de Moscou.
Moscou é também o mais firme aliado do presidente da Síria, Bashar al-Assad, que há 17 meses reprime com violência uma rebelião que tenta derrubá-lo. A Rússia tem usado seu poder de veto no Conselho de Segurança da ONU para blindar Assad de qualquer resolução que possa resultar em sanções ao regime sírio.
Os russos criticaram o Ocidente pelo fracasso dos esforços diplomáticos encabeçados pelo enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, que renunciou na quinta-feira. Moscou disse lamentar sua saída.
"Ele é um mediador honesto, mas há os que o desejam tirar do jogo para desatarem suas mãos para o uso da força. Isso já está claro", disse o vice-chanceler Gennady Gatilov no Twitter.
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