
09 de setembro de 2008 | 17h52
O embaixador da Rússia na ONU pediu nesta terça-feira, 9, ao Conselho de Segurança da ONU que imponha um embargo de armas à Geórgia, depois da curta guerra de agosto entre os dois países pelo controle da Ossétia do Sul. Os EUA, aliados da Geórgia, rapidamente rejeitaram a proposta russa, qualificando-a como uma manobra para desviar a atenção do fato de que Moscou ainda não abandonou as zonas do território georgiano em torno da Ossétia do Sul e de outra região separatista, Abkházia. Um cessar-fogo mediado pela França determinava que tais áreas fossem desocupadas. Veja também: Suspensão de acordo nuclear com EUA 'é errônea', diz Rússia Entenda o conflito separatista na Geórgia A proposta de resolução apresentada pelo embaixador Vitaly Churkin defende a proibição global da venda de "armas ou equipamentos militares" à Geórgia, bem como qualquer "assistência, consulta ou treinamento" militar. Falando a jornalistas após o encontro, Churkin admitiu que os EUA, que ajudaram a modernizar as forças georgianas e apóiam sua adesão à Otan, poderiam se opor à resolução, até mesmo usando seu poder de veto. "Mas acreditamos que foi absolutamente necessário fazer essa declaração política ao apresentar a proposta", disse. Carolyn Vadino, porta-voz da legação norte-americana na ONU, disse que a resolução foi "uma mera tentativa da Rússia de desviar a atenção da sua real obrigação", ou seja, de retirar suas forças da Geórgia, limitando-as às regiões separatistas. Na segunda-feira, Moscou se comprometeu a fazê-lo dentro de um mês. Não ficou claro se o conselho vai votar a resolução russa ou se vai arquivá-la, a exemplo de outras iniciativas de Moscou a respeito da Geórgia.
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