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Rússia rejeita retirar mísseis nucleares das fronteiras da UE

Ministros europeus solicitaram ao Kremlin e aos EUA que diminuam suas armas nucleares na Europa

Por Efe
Atualização:

A Rússia rejeitou nesta terça-feira, 02, o pedido da Europa para que retire seus mísseis nucleares táticos das fronteiras com a União Europeia (UE) no enclave báltico russo de Kaliningrado com a península de Kola, entre os mares Blanco e de Barents.

 

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"Não vejo lógica nesta iniciativa", declarou o presidente do Comitê de Assuntos Internacionais da Duma russa (Câmara dos Deputados), Konstantin Kosachov, ao comentar a proposta feita pelos ministros de Exteriores da Polônia, Radoslaw Sikorski, e da Suíça, Carl Bildt.

 

Sikorski e Bildt publicaram no "The New York Times" e no "The International Herald Tribune" um artigo em que propõem à Rússia a retirada de suas "inúmeras" armas atômicas táticas nas duas regiões contíguas com a UE, Kaliningrado e a península de Kola.

 

Os colegas pediram à Rússia e aos Estados Unidos, que atualmente negociam um novo acordo de redução de seus arsenais atômicos estratégicos, para que iniciem uma "considerável diminuição" de suas armas nucleares táticas na Europa.

 

"Estas medidas poderiam ser fruto de negociações e também existe a possibilidade de empreender substanciais esforços unilaterais para fortalecer a confiança", assinalam Bildt e Sikorski em seu artigo, reproduzido por meios de imprensa russos.

 

Segundo Kosachov, a iniciativa da Polônia e da Suiça não tem sentido porque a Europa não aceita a proposta do Kremlin de assinar um novo tratado de segurança europeia que acabe com as linhas divisórias que ainda persistem no velho continente.

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