15 de agosto de 2007 | 11h46
Um homem que confessou ter colocado na internet um vídeo com imagens do assassinato de duas pessoas executadas por neonazistas russos se entregou nesta quarta-feira, 15, à Polícia, mas foi libertado mais tarde, disse o Ministério do Interior. "Um desempregado de 24 anos se apresentou ao departamento da luta contra o crime organizado da Adiguésia", república do Cáucaso do Norte, disse à agência oficial russa Itar-Tass um porta-voz da Polícia, que não revelou a identidade da pessoa. O homem, que mora em Maikop, capital da Adiguésia, afirmou ser seguidor da ideologia nacional-socialista e disse que há dois anos disponibiliza na internet documentos de caráter nacionalista. Segundo o porta-voz policial, o indivíduo confessou que foi responsável por colocar na internet, no fim de semana, um vídeo com as imagens dos assassinatos de um cidadão do Tadjiquistão (Ásia Central) e de um morador da república russa do Daguestão, no Cáucaso, segundo as legendas do próprio vídeo. O homem disse que recebeu o vídeo por e-mail de uma mulher que não conhece e que não teve relação com os fatos gravados, de três minutos de duração. Ao fundo, é possível ouvir música heavy metal. Um dos homens diz: "Nós fomos presos por nacional-socialistas russos." As imagens apavorantes do vídeo mostram os assassinatos por neonazistas. Os criminosos decapitaram uma das vítimas e deram um tiro na cabeça da outra. No local, uma floresta, foi estendida uma bandeira vermelha com um círculo branco e uma suástica no meio. Especialistas policiais em audiovisuais analisam o vídeo para descobrir se as execuções foram reais ou se seria uma montagem. O Partido Nacional-Socialista da Rússia, grupo pouco conhecido no país, assumiu a autoria do duplo assassinato na terça-feira. Segundo a BBC, a porta-voz do ministério do Interior da Rússia, Irina Zubareva, disse à agência de notícias RIA Novosti que as autoridades estão investigando o vídeo que foi colocado na internet. "Como resultado da investigação, empregados da diretoria descobriram que os servidores que hospedam o vídeo das supostas execuções das duas pessoas estão em países estrangeiros", disse Zubareva. Esses países, segundo ela, já foram contatados. Ainda não há confirmação se as imagens são verídicas.
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