Sarkozy ameaça Irã com sanções mais pesadas

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O presidente da França, Nicolas Sarkozy, ameaçou nesta quarta-feira pressionar por sanções mais pesadas contra o Irã, e repetiu o pedido por uma ação internacional ampla para impedir abusos no mercado financeiro. Em seu discurso anual aos embaixadores franceses, Sarkozy mais uma vez saiu em defesa de uma maior governança mais forte sobre a economia global. No mês que vem, o G20 se reúne na cidade norte-americana de Pittsburgh para discutir o tema. "O Estado encontrou seu lugar de novo, e precisa mantê-lo com a definição de um caminho rumo a uma nova regulação global", disse Sarkozy. Ele também criticou os líderes do Irã e afirmou que sanções mais duras podem ser discutidas se Teerã não mudar a postura com relação ao programa nuclear do país, que para o Ocidente tem o objetivo de produzir uma bomba nuclear. O Irã reitera que o programa visa à produção de energia com fins civis. A polêmica foi alimentada após as eleições presidenciais de junho, cujos resultados foram contestados e provocaram os maiores protestos no país desde a Revolução Islâmica, em 1979. "São os mesmo líderes no Irã que dizem que o programa nuclear é pacífico e que as eleições foram honestas. Quem pode acreditar neles?", perguntou Sarkozy. Ele afirmou que a questão será discutida em um encontro entre líderes mundiais no fim de setembro, em Nova York. (Reportagem adicional de Sophie Hardach e Tamora Vidaillet)

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