Sarkozy critica líder checo por não assinar Tratado de Lisboa

Presidente francês diz que 'chegou a hora da decisão' e espera que problema seja resolvido até o fim do ano

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Por Reuters
Atualização:

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, criticou nesta quinta-feira, 15, o presidente da República Checa, Vaclac Klaus, por não assinar o Tratado de Lisboa da União Europeia e disse que pode haver repercussões se o país não aderir ao pacto.

 

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A República Checa é o único dos 27 países do bloco a não ratificar o tratado, que tem o objetivo de regulamentar as instituições europeias. Sarkozy afirmou que espera que o problema seja resolvido até o fim do ano. "Chegou a hora da decisão para Klaus e ela terá consequências", disse Sarkozy ao jornal francês Le Figaro.

 

Na semana passada, o ministro de Exteriores da França, Bernard Kouchner, também havia criticado o presidente checo e o acusou de "criar dificuldades para assinar o tratado."

 

"Não vamos mudar o Tratado de Lisboa, ele foi aprovado pelo Parlamento e pelo Senado da República Checa nos termos atuais que todos os outros 27 países (da União Europeia) aceitaram", disse o ministro francês.

 

"Não tenho dúvidas de que o presidente Klaus vai inventar ainda mais dificuldades, mas acho que o povo checo aceita o que seus representantes votaram, para o que eles disseram sim sem que qualquer palavra fosse mudada, e que isso o influenciará para que o documento finalmente entre em vigor", finalizou.

 

Klaus criou um novo obstáculo para ratificar o Tratado ao pedir ao atual presidente do bloco, a Suécia, que seu país desejava uma nota de rodapé no documento antes de aceitá-lo. O primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt, afirmou que as mudanças solicitadas diziam respeito à seção de direitos fundamentais, mas não deu mais detalhes.

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